Estamos cada vez mais cansados. De acordo com levantamentos feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial relatam sofrer com estresse em seu dia a dia. Desse modo, a longo prazo, esse problema pode gerar questões como ansiedade, depressão e várias outras doenças. De certo modo, também há a Síndrome de Burnout, um conjunto de alterações que começam e terminam com o estresse. Portanto, está relacionada à estafa gerada pelo desejo de realizar atividades comuns como o trabalho e o estudo.

O estresse crônico no ambiente de trabalho é, de fato, um fenômeno crescente e vivenciado por profissionais de múltiplos campos de atuação.

O que é a síndrome de Burnout

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psicológico definido em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Desse modo, define-se como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde. Portanto, relaciona-se entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho exaustivas. Sendo as principais elencadas como: físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. Portanto, a síndrome de burnout se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Principais profissões afetadas

Os principais profissionais afetados pela síndrome de Burnout são:

• Profissionais das áreas de educação;
• saúde;
• assistência social;
• recursos humanos;
• agentes penitenciários;
• bombeiros;
• policiais;
• mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.

Causas da Síndrome de Burnout

Estresse crônico

Uma das principais causas da Síndrome de Burnout é o estresse crônico. Sendo assim, quando estamos constantemente expostos a situações estafantes, é muito mais provável que, em pouco tempo, nos sintamos extremamente cansados.

Tensão emocional

Viver sempre no limite nunca é bom. Desse modo, além de ser prejudicial para o corpo, a tensão emocional também é muito negativa para o psicológico. Portanto pode fazer com que as pessoas desenvolvam a Síndrome de Burnout.

Problemas e situações no trabalho coma Síndrome de Burnout

O trabalho é um dos ambientes mais comumente associados à Síndrome de Burnout. Problemas com a chefia, muitas obrigações, medo de perder o emprego são fatores que contribuem para esse cenário. Portanto, lembre-se que isso acontece em todas as carreiras e profissões.

Problemas e situações no ambiente escolar ou acadêmico

A graduação ou a escola também podem ser o palco para o desenvolvimento de um quadro de Burnout. Você não leu errado: crianças e adolescentes também podem passar por esse esgotamento. Por isso, é necessário ficar de olho nos sintomas de pessoas de todas as faixas etárias.

Excesso de obrigações

Sente que tem muita coisa pra fazer, mas pouco tempo para realizar todas essas atividades? Todas as responsabilidades recaem sobre as suas costas? Então, você faz parte do grupo de risco para o desenvolvimento dessa síndrome. Fique de olho!

Questões familiares

Logo, temos o ambiente familiar. Sendo assim, quando há muitos conflitos e problemas de diferentes naturezas em nossa família (ou, até mesmo, em um relacionamento amoroso). Desse modo, é natural que também possamos vir a nos sentir esgotados. Afinal, essa é uma síndrome que engloba pontos-chave das nossas vidas!

Sintomas da síndrome de Burnout

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como:

• Ausências no trabalho;
• Agressividade;
• Isolamento;
• Mudanças bruscas de humor;
• Irritabilidade;
• Dificuldade de concentração;
• Lapsos de memória;
• Ansiedade;
• Depressão;
• Pessimismo;
• Baixa autoestima.

Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Desse modo e por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro. Portanto, para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional. Logo assim que notar qualquer sinal. Sendo assim, pode ser algo passageiro, como pode ser o início da Síndrome de Burnout.

Cansaço excessivo

O cansaço físico e mental é um dos sintomas mais comuns do esgotamento emocional. Com a Síndrome de Burnout, o paciente sente como se não tivesse energia para nada.

Dores de cabeça frequentes

As dores de cabeça, nesse caso, são geradas por conta do estresse e do excesso de preocupação.

Fadiga e dores musculares

A tensão também faz com que nos sintamos exaustos e com dores musculares, mesmo que nenhum esforço físico tenha sido feito.

Pressão alta e alteração nos batimentos cardíacos

O estresse pode gerar alterações na pressão arterial, ainda que elas não sejam facilmente percebidas pelo paciente. O sintoma mais relatado, portanto, é a alteração dos batimentos cardíacos, que ficam acelerados.

Alterações no apetite

Na Síndrome de Burnout, é comum que alterações no apetite sejam notadas, seja a perda da fome, seja a compulsão alimentar.

Perda da produtividade

Falta de foco, problemas com a perda de memória, dificuldade para aprende. A produtividade no trabalho e nos estudos é fortemente afetada quando estamos estafados.

Alterações no padrão de sono

Por fim, também é muito comum que o paciente note problemas com o seu sono, podendo ser a vontade de estar sempre dormindo ou os episódios de insônia. Portanto, qualquer mudança deve ser levada em consideração!

Diagnóstico da síndrome de Burnout

O diagnóstico da Síndrome de Burnout é realizada por profissional especialista após análise clínica do paciente. 

O psiquiatra e o psicológo são os profissionais de saúde indicados. Sendo assim para identificação do problema será orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso. 

Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas. Desse modo e, por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo.

Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda. Portanto, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita todo tratamento. Desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso.  Logo, os centros de atenção psicossocial, um dos serviços que compõe a RAPS, são os locais mais indicados.

Tratamento da síndrome de Burnout

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). Sendo assim, o tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses. Porém pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso. Portanto, mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida.

A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença.  Sendo assim, após diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias. Desse modo desenvolver atividades de lazer com pessoas próximas tais como amigos, familiares, cônjuges, e dentre outros.

Sinais de piora: Os sinais de piora do Síndrome de Burnout surgem quando a pessoa não segue o tratamento adequado. Com isso, os sintomas se agravam e incluem perda total da motivação e distúrbios gastrointestinais. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas.

Referências

Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout

Síndrome de burnout (esgotamento profissional)

https://vidasaudavel.einstein.br/sindrome-de-burnout/

Disponível em https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/burnout-dez-sinais-da-sindrome/