O processo de decomposição térmica a altas temperaturas é importante para a obtenção de pós metálicos para a metalurgia do pó. Este processo se enquadra como uma obtenção por reações químicas, já que há transformações químicas das substâncias até se chegar ao pó metálico propriamente dito.

A matéria-prima são compostos gasosos, ou carbonilas, que formam partículas sólidas muito finas. A decomposição produz principalmente pós metálicos de ferro e de níquel.

Decomposição do Ferro

A obtenção de pós metálicos de ferro se dá fazendo passar monóxido de carbono a alta pressão sobre o ferro esponjoso sob temperaturas entre 170 °C a 200 °C. A carbonila passa por condensação e armazenamento na forma líquida a alta pressão e em seguida é fervida a pressão atmosférica, permitindo a decomposição em pó de ferro. Este produto deve ser ainda peneirado ou moído, possuindo alta pureza e partículas pequenas (em torno de 10 micrometros) de formato esférico. Também pode haver o recozimento das partículas em atmosfera de hidrogênio, o que melhora a microestrutura dos pós metálicos.

Decomposição do Níquel

Para se obter a carbonila de níquel o procedimento é muito semelhante ao que se utiliza para obter carbonila de ferro. O monóxido de carbono passa por níquel ativo, porém sob pressão atmosférica e a baixas temperaturas (entre 40 °C e 100 °C), em seguida deve se realizar uma fervura a 43 °C. O pó obtido, no entanto, não possui um formato esférico como o pó de ferro, mas sim um formato irregular, fino e poroso.

Vantagens e Limitações

A principal vantagem da decomposição é a pureza do pó, podendo mencionar também o formato esférico do pó de ferro, que auxilia na compactação. As temperaturas do processo são relativamente baixas, principalmente para a obtenção do pó de níquel.

Mesmo assim, é um processo que é viável apenas em casos especiais.