As mudanças climáticas são as mudanças de longo prazo nos padrões climáticos e temperatura no planeta Terra. Essas podem ser naturais ou por ações antrópicas. Entretanto desde a revolução industrial, as atividades antrópicas são os principais fatores da mudança climática, principalmente com à queima de combustíveis de origem fóssil como carvão, petróleo e gás, que gera emissões de gases de efeito estufa.

Exemplos de emissões de gases de efeito estufa incluem CO2 e metano. Estes vêm da vida moderna, seja da queima da gasolina ou diesel no transporte ou na produção e indústrias com o uso de carvão, no Brasil temos uso de carvão quando se ativa as termoelétricas para gerar energia quando as hidrelétricas não conseguem suprir a demanda, descarte irregular de resíduos (lixões) e o desmatamento também é um fator importante que precisa de muita atenção que pode liberar dióxido de carbono.

Concentrações de gases de efeito e as mudanças climáticas

As concentrações de gases de efeito estufa estão em seus níveis maiores aos encontrados nos últimos milhões de anos e as emissões não param de aumentar. Como resultado, a Terra está , em torno, de 1,1°C mais quente do que no final do século XIX sendo a década de 2011-2020 a mais quente registrada.

A população em geral, acredita que a mudança climática e aquecimento global, significa apenas temperaturas mais altas. Entretanto o aumento da temperatura é apenas o começo, já que a Terra é um sistema onde tudo está conectado e mudanças em uma área influencia mudanças em todas as outras.

Assim as consequências das mudanças climáticas podem incluir, secas intensas, escassez de água, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas, eventos extremos e declínio da biodiversidade.

Como as mudanças climáticas nos afeta?

Estamos, ano a ano, experimentando as mudanças climáticas. Ela afeta nossa saúde, agricultura, habitação, segurança, trabalho e mais recentemente grandes centros urbanos (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília) com crises hídricas. Alguns de nós já são mais vulneráveis aos impactos climáticos, como as pessoas que vivem em países menos desenvolvimento, idosos e crianças.

Problemas gerados como o aumento do nível do mar e intrusão de água salgada que modifica toda a fauna e flora local, podendo levar a extinção de espécies, e secas prolongadas estão colocando as pessoas em risco de fome e gerando incerteza no próprio consumo em locais em que a disponibilidade não foi um problema. Dessa forma, acredita-se que o número de “refugiados climáticos” irá aumentar num futuro próximo.

As mudanças climáticas são tão problemáticas assim?

Cada grau de aumento na temperatura global é importante e impactante, vários cientistas e revisores concordam (existem vários relatórios climáticos) que limitar o aumento da temperatura global a até 1,5°C ajudaria a evitar os piores impactos climáticos e manter um clima habitável. No entanto, para as políticas atuais teremos um aumento de temperatura de 2,8°C até o final do século.

As emissões que causam as mudanças climáticas vêm de todas as partes do mundo e afetam a todos, mas alguns países produzem muito mais do que outros. Os 100 países menos emissores geram 3% do total de emissões. Os 10 países com as maiores emissões contribuem com 68% (e a diferença dos dois primeiros, EUA e China, para o terceiro, Rússia, é de mais de 2Gton de emissão ).

Todos devem tomar medidas climáticas, mas as pessoas e os países que geram mais problemas deveriam ser os primeiros a agir, mas estamos falando de um problema geopolítico considerável, Rússia está em guerra, EUA e China não possuem muito diálogo, e historicamente, EUA e Rússia sempre foram adversários, assim fica o questionamento, será que esses irão, em algum momento dá a devida atenção as políticas climáticas? O Brasil, também não pode ficar de fora, apesar de ter bom relacionamento com esses países, as queimadas e desmatamentos estão aumentando.

O desafio é grande! Mas e as soluções para mudanças climáticas?

Contudo, as soluções de mudança climática trazem benefícios econômicos, melhorar a qualidade de vida da humanidade e preservar o meio ambiente. Apesar disso, já existem estruturas e acordos internacionais para orientar o processo, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e o Acordo de Paris. Desta maneira, os principais pontos de ação são: diminuição de emissões, adaptação aos impactos climáticos e financiamento que são necessários (e foram prometidos).

Outro ponto importante é mudar as matrizes energéticas de combustíveis fósseis para renováveis, como solar ou eólica, o que irá reduzir as emissões que geram as mudanças climáticas, entretanto isso já deveria ter começado. Enquanto há uma crescente uniçao de países se comprometendo a zerar as emissões até 2050, porém, para que o aquecimento seja menor que 1,5ºC metade dos cortes nas emissões deve ocorrer até 2030. A produção de combustíveis fósseis deve diminuir cerca de 6% ao ano entre 2020 e 2030.

A adaptação às consequências climáticas protege a população, empresas, meios de subsistência, infraestrutura e ecossistemas, abrange os impactos atuais e os prováveis no futuro. A adaptação será necessária em todos os lugares, mas deve ser priorizada para as pessoas mais vulneráveis com menos recursos para lidar com os riscos climáticos.

Como diz a vovó “Prevenir é mais barato que remediar”!

A ação climática requer investimentos financeiros significativos por parte de governos e empresas. Mas o “não fazer nada” ou a negligência climática é muito mais cara. Um passo extremamente importante é que os países desenvolvidos cumpram seu compromisso de fornecer US$ 100 bilhões por ano aos países em desenvolvimento para que possam se adaptar e avançar para economias verdes.

Veja Mais:

– Fibra de Carbono do “lixo”. Sim, isso mesmo!

Referências:

• https://www.ipcc.ch/2021/08/09/ar6-wg1-20210809-pr/
• unep.org/interactive/six-sector-solution-climate-change/
• https://public.wmo.int/en/media/press-release/2020-was-one-of-three-warmest-years-record
• https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/36991/EGR21_ESEN.pdf
• https://www.ipcc.ch/assessment-report/ar6/
• https://www.unep.org/resources/emissions-gap-report-2022
• https://www.un.org/en/climatechange/17-goals-to-transform-our-world
• https://iea.blob.core.windows.net/assets/5ae32253-7409-4f9a-a91d-1493ffb9777a/Renewables2021-Analysisandforecastto2026.pdf
• https://www.unep.org/news-and-stories/press-release/worlds-governments-must-wind-down-fossil-fuel-production-6-year
• https://www.un.org/en/climatechange/raising-ambition/climate-finance
• http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/dashboard/fires/biomes/aggregated/#